Atualmente, instituição beneficia 150 pessoas.Joana Belarmino, Professora Doutora da UFPB, foi alfabetizada na entidade.
No último dia 16, o Instituto de Cegos Adalgisa Cunha, da Paraíba, comemorou seu aniversário de 69 anos e o atendimento de mais de 10 mil pessoas nesse período. Adolescentes, jovens e adultos cegos e com deficiência visual, de todas as faixas etárias, já foram beneficiados pela instituição não governamental e sem fins lucrativos localizada em João Pessoa.
Há 50 anos, a doutora em jornalismo Joana Belarmino, hoje Coordenadora do Programa de Pósgraduação em Jornalismo (PPGJ) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), chegou ao instituto.
Lá, foi alfabetizada em Braille, aos sete anos, e cursou as quatro primeiras séries do Ensino Fundamental. Ela coloca sua experiência na instituição como fundamental para o seu desenvolvimento. "O contributo para o meu crescimento intelectual é inestimável. Podíamos contar com uma biblioteca em braile, aprendíamos música, artesanato, atividades físicas", relata.
A entidade oferece também cursos de iniciação à informática, educação musical, reforço escolar e acompanhamento pedagógico para a rede regular de ensino. A vice-presidente do Instituto, Ana Lúcia Leite Santos, informa que, atualmente, são 150 pessoas inscritas nesses e outros serviços, principalmente os que envolvem o acompanhamento social.
Joana fala ainda que, aos quinze anos, recebeu aulas de orientação e mobilidade, ganhando autonomia para exercer o exercício de ir e vir pelas ruas da cidade. Ela coloca esse desenvolvimento como um "exercício de fortalecimento do meu ser como pessoa cega". "Difícil contabilizar os benefícios que a escola me deu. A casa de Dona Adalgisa, com as suas árvores, sua biblioteca, seu coral infantil, fez da minha infância um exercício de disciplina e aprendizado", relembra.
Fonte: G1
António Góis
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