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quarta-feira, 13 de março de 2013

Material achado no Aconcágua não é de alpinista paraibano, diz Guarda.

Guarda Florestal confirmou que gorro e jaqueta não foram locados por ele.Alpinista paraibano desapareceu na quarta-feira, quando escalava o monte.


O gorro e a jaqueta que foram encontrados no Monte Aconcágua, na Argentina, não são do alpinista paraibano Josenildo Correia da Silva, desaparecido desde a quarta-feira (6). Ele sumiu quando escalava o monte. A informação foi confirmada pela assessoria do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que explicou que a Guarda Florestal, responsável pelas buscas, confirmou que o material não havia sido locado pelo brasileiro.
A mulher do alpinista, Alessandra Pereira, confiava que o material pertencesse ao marido. "Eu ainda tenho esperanças de que ele esteja vivo”, afirmou na manhã desta segunda-feira (11).
Alessandra disse ainda que durante os dias em que está sem notícias do marido tem encontrado alívio nas notícias que amigos enviam sobre o caso. “Nós temos amigos naArgentina que estão bastante empenhados nas buscas e nos mandam notícias constantemente, o que tem aliviado a minha angústia”, disse.Josenildo e Alessandra são do município deGuarabira, que fica no Brejo paraibano, a 104 km da capital João Pessoa. Eles são casados há 15 anos e têm uma filha. Josenildo trabalha como funcionário de uma distribuidora de bebidas e ainda tem outros dois filhos do seu primeiro casamento. De acordo com Alessandra, o marido é apaixonado pelo alpinismo.Ela ainda não sabe se vai viajar à Argentina. “Com relação a essa possibilidade, ainda não decidi. Como tenho amigos lá, recebo todas as informações de todas as providências que estão sendo tomadas”, afirmou.O Itamaraty informou que na primeira semana o alerta é vermelho e as buscas são intensas em ritmo de urgência. Mas como ele sumiu na quarta-feira (6) o alerta vale até a próxima quarta-feira (13). Em seguida, o alerta passa a ser o laranja, quando perde um pouco a intensidade. Esse é um procedimento padrão da Guarda Florestal, mas pode haver mudanças.
“Ele começou a fazer escaladas há dez anos na Pedra da Boca, em Araruna e sonhava em fazer no gelo, ele começou a ler livros e ver reportagens sobre o assunto e se comunicar com outras pessoas pela internet. Todas as viagens que ele fez, arrumava tudo pela internet, conhecia as pessoas e acertava”, disse.
'Josenildo estava obstinado', diz empresário
O paraibano estava em um grupo formado por cinco pessoas, sendo três de Limeira, em São Paulo, ele e um mineiro. Conforme o empresário paulista Paulo Cesar Bussamara, que fazia parte do grupo, as condições climáticas no monte estavam difíceis e a equipe foi se desfazendo aos poucos. Bussamara foi o primeiro a desistir, no dia 28 de fevereiro.
O objetivo da expedição, conta o empresário, era chegar ao cume do monte Aconcágua, que tem quase 7 mil metros de altitude. “Josenildo estava muito obstinado em chegar ao topo. Ele disse que desta vez não tinha ido ao Aconcágua de brincadeira”, afirmou Bussamara.
Fonte: G1
 António Góis


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