Ainda sem acordo com a presidência da Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac), os funcionários da entidade, que seguem pela segunda semana em greve, cobram celeridade também na liberação de verbas para reformas nas unidades socioeducativas do Estado. Ao todo, as cinco unidades que abrigam jovem em conflito com a lei apresentam características bem semelhantes: paredes rachadas, piso quebrado, problemas hidráulicos e elétricos, além de ameaça de desabamento do telhado.
Dessa forma, os pedidos para recuperação dos locais vão além de melhorar o atendimento aos internos, uma vez que o perigo de acidentes graves passaram a fazer parte do cotidiano de quem trabalha no local. A presidente do Sindicato dos Funcionários da Fundac, Lúcia Brandão, apontou as unidades do Lar do Garoto, localizada em Lagoa Seca, e o Centro Educacional do Adolescente (CEA), na cidade de Sousa, como os piores locais para se trabalhar.
“Estas duas unidades, que juntas atendem 113 pessoas, sendo 89 no Lar do Garoto e 24 no CEA de Sousa, estão sem condições de reinserir esses jovens na sociedade. Em Sousa, as paredes estão rachadas, ameaçadas de cair, já foi feito um laudo técnico pela própria Fundac, que comprovou o perigo de se trabalhar lá. Já no Lar do Garoto, os internos tomam banho com garrafa pet, porque não tem água encanada. As tubulações estão todas estouradas. É uma situação imprópria para qualquer ser humano”, disse a presidente do sindicato.
De acordo com a diretoria do CEA em Sousa, Nadja Estrela, já está em preparação o projeto de construção de uma nova unidade para a cidade. Segundo ela, uma comitiva da Fundac esteve em Brasília e conseguiu a liberação de recursos que servirão para as novas instalações do local. Ela ainda destacou que só está dependendo da doação de um terreno na cidade, para que o valor total da obra seja discutido e seja assinada, ainda este ano, a ordem de serviço.
Já a presidente da Fundac, Cassandra Figueiredo, confirmou que, a partir do próximo mês, será assinada uma ordem de serviço no valor de até R$ 600 mil, para ser iniciada uma reforma no Lar do Garoto. Segundo ela, a unidade de ressocialização de Lagoa Seca passará por melhorias consideráveis e todos os problemas identificados serão solucionados. Pelo que a presidente afirmou, o projeto de reforma já está em sua fase final de elaboração na Secretaria de Planejamento do Estado e, dentro de 30 dias, será aberto o processo licitatório.
REIVINDICAÇÕES
Há quatro anos sem receber reajuste nas gratificações, os servidores que compõem o corpo de profissionais é formado por psicólogos, assistentes sociais, odontólogos, enfermeiros, pedagogos, agentes protetivos e educadores sociais, que juntos totalizam 628 trabalhadores. Dentre as exigências apresentadas, estão: equiparação das remunerações com os profissionais da saúde e educação e reajuste de 18% para os servidores de nível médio, 12% para os servidores de nível fundamental e 9% para os servidores de nível superior, além da regularização do pagamento da periculosidade e do incentivo funcional.
Há quatro anos sem receber reajuste nas gratificações, os servidores que compõem o corpo de profissionais é formado por psicólogos, assistentes sociais, odontólogos, enfermeiros, pedagogos, agentes protetivos e educadores sociais, que juntos totalizam 628 trabalhadores. Dentre as exigências apresentadas, estão: equiparação das remunerações com os profissionais da saúde e educação e reajuste de 18% para os servidores de nível médio, 12% para os servidores de nível fundamental e 9% para os servidores de nível superior, além da regularização do pagamento da periculosidade e do incentivo funcional.
MOBILIZAÇÃO
Após dez dias em greve e sem previsão de encerrá-la, os servidores da Fundac voltaram a protestar em frente à sede da entidade. Ao lado de familiares dos mais de 250 jovens que estão cumprindo medidas socioeducativas em João Pessoa, os trabalhadores reforçaram suas reivindicações acerca da melhoria das condições de trabalho, reajuste salarial, regularização das gratificações de adicionais e revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
Após dez dias em greve e sem previsão de encerrá-la, os servidores da Fundac voltaram a protestar em frente à sede da entidade. Ao lado de familiares dos mais de 250 jovens que estão cumprindo medidas socioeducativas em João Pessoa, os trabalhadores reforçaram suas reivindicações acerca da melhoria das condições de trabalho, reajuste salarial, regularização das gratificações de adicionais e revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
Fonte: JP
António Góis
António Góis
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